Londres, Reino Unido – A inflação no Reino Unido caiu para a meta de 2% do Banco da Inglaterra em maio, uma redução significativa em comparação com os 2,3% registrados em abril, conforme dados divulgados pelo Office for National Statistics (ONS). Essa é a primeira vez desde julho de 2021 que a inflação atinge a meta do banco, proporcionando um alívio tanto para o governo quanto para os consumidores, após um período prolongado de alta nos preços.
Contexto Econômico e Político
A queda na inflação chega em um momento crucial para o primeiro-ministro Rishi Sunak, que enfrenta desafios políticos significativos com a aproximação das eleições. O declínio na inflação é visto como um potencial impulso para a campanha eleitoral dos conservadores. No entanto, a redução não foi suficiente para diminuir de forma acentuada a pressão sobre os preços de serviços, que caíram apenas 0,2 pontos percentuais, para 5,7%, abaixo da expectativa de 5,5% dos economistas.
Impacto no Banco da Inglaterra e expectativas futuras
Embora a queda na inflação seja uma notícia positiva, é improvável que o Banco da Inglaterra reduza as taxas de juros antes de agosto. O Comitê de Política Monetária deve avaliar cuidadosamente a queda na inflação em meio a sinais de que as pressões domésticas sobre os preços, como o crescimento elevado dos salários, estão demorando mais para diminuir. Isso pode levar a um movimento cauteloso nas políticas monetárias além de agosto.
Reações Políticas e Econômicas
O ministro Mel Stride afirmou que a redução da inflação permite que os conservadores reduzam os impostos, apesar das críticas de empresários que estão mudando seu apoio para o Partido Trabalhista. Enquanto isso, Paul Nowak, secretário-geral do Trades Union Congress, alertou que a queda na inflação não deve mascarar o pior período para os padrões de vida em tempos modernos, com preços subindo mais rapidamente nos últimos três anos do que o normal em uma década.
Suren Thiru, do Institute of Chartered Accountants, destacou que a trajetória da inflação pode enfrentar turbulências após as eleições, devido ao aumento do salário mínimo nacional e à baixa oferta de mão de obra, o que pode pressionar os preços para cima.