O caos colorido que você deveria pular
Sabe aquela sensação de estar em um shopping lotado, com luzes piscando de todos os lados, música alta competindo com barulho de gente e aquela vontade de sair correndo? Pois é exatamente assim que você vai se sentir em Leicester Square, a atração londrina que acabou de ganhar um título nada honroso.
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O jornal britânico Telegraph soltou recentemente uma lista das 10 piores atrações turísticas da Europa – ou, nas palavras deles, os lugares “mais bregas onde nenhum turista criterioso seria visto morto”. E adivinha quem ficou em segundo lugar? Nossa querida (ou nem tanto) Leicester Square.
A praça no coração de Londres recebe coisa de 2,5 milhões de visitantes toda semana. Sim, você leu certo: por SEMANA. Mas quantidade definitivamente não é sinônimo de qualidade nesse caso.
Por que Leicester Square virou sinônimo de armadilha turística
A região concentra atrações que parecem ter sido pensadas especialmente para turistas desavisados: a loja gigante de M&M (porque quem não quer três andares de chocolates?), o cassino Hippodrome, o Hard Rock Café, a megastore da Lego e o cinema ODEON Luxe.
O problema? Tudo junto vira uma bagunça sensorial completa. Telas de LED gigantes piscando propagandas, música saindo de todos os cantos, aqueles rickshaws irritantes buzinando, vendedores ambulantes te abordando… é Las Vegas encontrando um shopping popular brasileiro, sabe?
Rob Crossan, especialista em viagens do Telegraph, não economizou nas palavras: ele disse que o maior ato de caridade que um londrino pode fazer por um visitante é arrastá-lo para longe da M&M World, do Hippodrome e de tudo mais que faz Leicester Square parecer “uma visão do que Las Vegas seria se fosse administrada pelo CEO da Ryanair, Michael O’Leary”. Queimou o filme.
As outras “ilustres” da lista
Leicester Square está em boa (ou péssima?) companhia. A lista do Telegraph incluiu:
- Varanda da Julieta em Verona – aquela do Romeo e Julieta, mas que agora cobram pra você entrar
- Leicester Square em Londres – nossa “campeã”
- Blue Lagoon na Islândia – a lagoa azul famosinha que virou cilada
- John O’Groats na Escócia – considerada pelo jornal a “atração turística mais imerecida de todas”
E outros lugares que basicamente viraram máquinas de sugar dinheiro de turista.
O que fazer em Londres além da cilada das luzes neon
Aqui vai a boa notícia: Leicester Square é superfácil de evitar. Londres tem literalmente centenas de opções infinitamente melhores. A cidade é gigante, cheia de museus incríveis (muitos gratuitos, inclusive), parques lindos, mercados autênticos e bairros com personalidade de verdade.
Quer uma dica de ouro? Troque a muvuca artificial de Leicester Square por:
Mercados locais como Borough Market ou Camden Market, onde você vai comer comida de verdade e sentir a vibe londrina de verdade
Museus gratuitos tipo British Museum, Tate Modern ou Natural History Museum – cultura de primeira sem gastar uma libra
Parques icônicos como Hyde Park, Regent’s Park ou Hampstead Heath, perfeitos para respirar (literalmente)
Bairros autênticos como Shoreditch, Notting Hill ou Greenwich, onde você vai encontrar o charme que Leicester Square perdeu há décadas
Vale mesmo visitar a praça?
Olha, se você tiver MUITO tempo sobrando e quiser tirar aquela foto clichê… beleza. Mas não coloque Leicester Square como prioridade no seu roteiro. A praça não representa Londres – ela representa o que acontece quando o turismo de massa atropela a autenticidade de um lugar.
É tipo ir ao Rio e passar o dia inteiro em loja de souvenir da orla de Copacabana. Dá pra fazer coisa melhor, né?
Londres merece ser explorada com calma, nos lugares onde os próprios londrinos vão. Deixa as lojas de M&M gigantes e cassinos temáticos para quem não pesquisou antes de viajar.
E você, já caiu nessa armadilha turística ou conseguiu escapar ileso? Conta pra gente nos comentários qual foi a maior cilada que você encontrou viajando!
