Dá para prever a idade pela cara? Parece que sim!
O governo do Reino Unido está apostando alto em inteligência artificial para dar uma de Sherlock Holmes e descobrir a verdadeira idade de migrantes que chegam ao país. A ideia é acabar com os adultos “espertinhos” que se passam por menores de 18 anos para ter vantagens legais – e sim, isso acontece bastante!
O plano, que envolve um mix de reconhecimento facial e muita tecnologia, já tem gerado burburinho. Não só pelo potencial de resolver confusões no sistema de asilo, mas também pelas questões éticas e precisão que podem colocar o projeto em xeque. Polêmicas à parte, essa história promete!
Por que a idade dos migrantes virou um problemão?
A coisa é bem simples de entender quando olhamos o cenário atual. Crianças e adolescentes que chegam ao Reino Unido como migrantes têm mais chance de conseguir asilo e proteção. O porém? Ano passado, 56% das pessoas que alegaram ser menores eram, na verdade, adultas ou admitiram ter mais de 18 anos depois.
Além disso, errar na conta tem consequências sérias. Imagine uma criança sendo colocada em alojamentos para adultos ou um adulto jogado num espaço com jovens e crianças. É o caos desenhado.
Como funciona hoje?
Atualmente, a idade de um migrante é avaliada com base no olhômetro de oficiais de imigração e assistentes sociais. Só que não dá pra confiar sempre, né? Resultados errados acontecem com frequência, e isso deixa a margem de erro para lá de incômoda.
- Exemplo recente: Um solicitante de asilo com “voz grossa”, “barba cheia” e “estrutura facial madura” foi avaliado como adulto (22 anos). No fim, ele alegava ter 17. E aí?
É nesse ponto que o uso de IA pode entrar como o amigo nerd que ajuda no trabalho de grupo.
A IA entra em cena
A proposta do governo britânico é usar uma tecnologia já popular no setor privado – como algumas lojas online fazem para impedir menores de idade de comprar produtos restritos. Essas IAs analisam fotos e estimam idades com níveis altos de precisão.
Como funciona o reconhecimento facial?
O lance é simples (pelo menos para as máquinas): a tecnologia é treinada com milhões de fotos de rostos e consegue gerar uma estimativa de idade baseada em características faciais.
- É rápido
- É simples
- E teoricamente diminui a margem de erro
A ministra responsável, Angela Eagle, descreveu o método como algo com “potencialmente rápido e simples” para dar suporte nas decisões. Tudo isso está em fase de testes e pode chegar às fronteiras no ano fiscal de 2026.
Mas, calma lá! Isso pode mesmo dar certo?
Apesar do entusiasmo, nem todo mundo tá feliz com a ideia. Grupos como o Conselho de Refugiados questionam não só a precisão, mas também os impactos éticos de depender de máquinas para uma questão tão sensível.
- Erros são possíveis: O risco de errar, seja para mais ou para menos, ainda existe.
- É justo? Será que confiar só na tecnologia elimina possíveis preconceitos ou pode reforçá-los?
- Sem a prova dos nove: Um dos principais argumentos contra é a ausência de um sistema “à prova de falhas”.
E convenhamos, usar um software para prever a vida de uma pessoa não soa tão simples assim, né?
Veredito final
O governo do Reino Unido segue confiante. Empresas de tecnologia no setor privado estão sendo incentivadas a participar do desenvolvimento e afiar a ferramenta. A promessa é que bilhões investidos e ajustes no sistema possam representar um salto na eficiência.
Porém, acertar o tom entre tecnologia, precisão, e ética será um desafio à parte.
O que vem por aí?
O próximo passo é um teste mais robusto, enquanto a burocracia rola solta – o edital para a escolha das empresas começa já em agosto. Até lá, a discussão sobre migrantes, tecnologia e justiça promete continuar acalorada.