A dupla perfeita: quando um wine bar de respeito encontra uma chef excepcional
Sabe aquela combinação improvável que funciona absurdamente bem? Tipo pipoca doce com bacon, ou sorvete com azeite? Londres acabou de ganhar uma dessas parcerias improváveis que prometem virar obsessão coletiva.
O Godet, considerado um dos melhores wine bars da capital inglesa, vai abrigar a partir desta semana uma residência gastronômica de 12 meses comandada pela chef Jenny Phung e seu projeto Ling Ling’s. E não, não é só mais um pop-up passageiro — estamos falando de um ano inteiro de comida asiática de primeira, servida num ambiente que já é referência quando o assunto é vinho de qualidade.
A residência começa oficialmente no dia 8 de outubro e vai acontecer toda semana: quartas, quintas e sextas das 17h às 22h, sábados a partir das 15h e domingos das 15h às 20h. Basicamente, você vai ter várias desculpas para dar aquela escapada até Islington nos próximos meses.
Quem é Jenny Phung e por que você deveria conhecer o trabalho dela
Se o nome Ling Ling’s ainda não está no seu radar gastronômico, prepare-se para fazer uma atualização urgente. A chef Jenny Phung já passou por alguns dos endereços mais queridos (e saudosos) da cena londrina.
Ela comandou a cozinha no lendário pub The Gun, em Hackney — aquele lugar icônico que fechou as portas e deixou todo mundo de coração partido em março de 2024. Também marcou presença no The Bluecoats, em Tottenham, e no descolado Bambi, em London Fields. Basicamente, se você curtiu algum desses lugares, já comeu o trabalho dela (e provavelmente nem sabia).
O Ling Ling’s ficou especialmente famoso pelos seus Sunday roasts com twist asiático, aquele tipo de comida que te faz repensar tudo o que você achava que sabia sobre culinária britânica tradicional.
O cardápio que vai fazer você reservar mesa hoje mesmo
Agora vem a parte boa: o que você vai encontrar no menu. E olha, prepare-se porque a lista é de dar água na boca.
Pratos que vão roubar a cena
Entradas e petiscos que são praticamente obrigatórios:
- Ostras de Carlingford com sambal de laranja e folha de curry (porque ostra com molho asiático é vida)
- Tartare quente e picante — a descrição já diz tudo
- Salada ‘Caesar’ turbinada com frango frito e parmesão (o Hot no nome é aviso, não decoração)
- Wontons no vapor recheados com camarão, frango e manjericão tailandês
Pratos principais que merecem sua atenção total:
- Polvo com hibisco de Sichuan — aquele tipo de combinação que parece estranha no papel mas faz todo sentido no prato
- Bolinhos de nabo com molho de soja e romã (sweet and savory do jeito certo)
- Ragu de carne com mala servido com macarrão udon (para quem curte aquele formigamento característico da pimenta de Sichuan)
- Salada de pato aromático do pai com hoi sin caseiro, folhas amargas e ervas frescas
- Frango com pele de vidro, cogumelos shimeji e manjericão tailandês (sim, “pele de vidro” é exatamente o que você está imaginando: aquela textura crocante perfeita)
Sobremesa:
- Tiramisu de matcha — porque fusão gastronômica não precisa parar no prato principal
O plot twist dos domingos: esqueça o roast tradicional
Aqui vem uma mudança interessante: embora o Ling Ling’s seja reconhecido pelos seus roasts dominicais, a chef decidiu pegar um caminho diferente no Godet. A partir de novembro, os domingos vão ser reservados para uma refeição familiar tradicional chinesa.
É aquela vibe de mesa compartilhada, vários pratos circulando, todo mundo provando de tudo — basicamente o sonho de qualquer foodie que ama cozinha asiática. Afinal, comida chinesa de verdade é feita para ser dividida, não para ficar comportadinha em porções individuais.
Por que essa residência é diferente
Não é todo dia que um wine bar de reputação sólida abre as portas da cozinha para um projeto de residência gastronômica de longo prazo. O Godet, localizado na Essex Road 382 em Islington, já é conhecido pela seleção criteriosa de vinhos — agora adicione a isso um cardápio asiático contemporâneo pensado para harmonizar com essa carta de bebidas.
A combinação de culinária pan-asiática com uma cave invejável de vinhos europeus é exatamente o tipo de casamento inusitado que faz a cena gastronômica londrina ser tão empolgante. Não é fusão pela fusão, é sobre respeitar técnicas tradicionais enquanto cria experiências novas.
E tem outro ponto importante: 12 meses de residência significa que o cardápio pode evoluir, se adaptar às estações, experimentar. Não é aquela pressão de pop-up de três semanas onde você precisa acertar tudo de primeira. É tempo para criar, errar, ajustar e entregar algo realmente especial.
Vale a visita?
Se você curte comida asiática que vai além do óbvio, aprecia um bom vinho e está cansado dos mesmos lugares de sempre, essa residência é praticamente obrigatória no seu roteiro gastronômico.
A localização em Islington é conveniente, os horários são generosos (especialmente para quem trabalha durante a semana) e a proposta é genuinamente interessante. Sem falar que apoiar chefs talentosas e seus projetos independentes é sempre uma boa ideia.
Então, bora marcar aquele jantar diferente ou já está esperando o que? Se você já conhece o trabalho da chef Jenny Phung, conta nos comentários qual foi sua experiência. E se ainda não conhece, qual prato da lista chamou mais sua atenção?