Imagine essa situação surreal: você está em uma audiência crucial, e a decisão depende de uma pilha de evidências que, do nada, simplesmente desapareceu. Pois é, esse pesadelo virou realidade na Inglaterra e no País de Gales. Um bug no sistema judicial, implementado pelo serviço HMCTS (Her Majesty’s Courts and Tribunal Service), teria causado a perda ou ocultação de documentos importantes por ANOS. E sabe o que é pior? Ao que tudo indica, muita gente sabia do problema e preferiu calar.
O resultado é uma avalanche de acusações, com especialistas chamando o caso de “um escândalo” e políticos exigindo #transparênciaJá. Se a ideia era modernizar o sistema judiciário com tecnologia de ponta, parece que alguém esqueceu de testar essa “ponta”.
Vamos descompactar tudo isso?
O que aconteceu?
O problema surgiu no sistema Judicial Case Manager, uma ferramenta desenvolvida para gerenciar provas e acompanhar processos nos tribunais. Mas, ao invés de ajudar, o sistema começou a perder documentos cruciais. Estamos falando de registros médicos, detalhes de contato e até informações usadas para decisões de casos importantes.
Quem mais sentiu o impacto?
Um dos tribunais mais afetados foi o de Segurança Social e Apoio à Criança, responsável por decisões críticas em benefícios e pensões. Mas fontes revelaram que o bug também apareceu em processos de família, divórcio e herança.
E aí vem o caldo grosso da polêmica…
Encobrimento ou “gestão estratégica”?
O HMCTS é acusado de simplesmente ignorar o problema por ANOS. Uma investigação vazada – porque sempre tem um vazamento, né? – revelou que a gestão achou melhor não informar juízes e advogados sobre o problema. “Vai dar mais dor de cabeça do que resolver”, alegaram.
Quer mais? Um relatório interno, também vazado, disse que a extensão do problema nunca foi totalmente investigada — ou seja, ninguém sabe quantos casos podem ter sido prejudicados.
Sir James Munby, ex-chefão da divisão de Família no tribunal superior, meteu o dedo na ferida e classificou o caso como “chocante” e “escandaloso”. E, sejamos sinceros, ele está longe de ser o único indignado.
O impacto na vida das pessoas
Quer um exemplo prático? Vamos pensar em um caso de proteção infantil. Um erro que oculta evidências pode significar que uma criança continue em perigo, ou que uma pessoa vulnerável perca benefícios fundamentais. Estamos falando de um impacto real e devastador.
E não para por aí. Mais de 4.000 documentos desapareceram em casos de direito de família, e ninguém sabe exatamente o que causou o problema. Absurdo, né?
Eles sabiam e não agiram
Várias fontes internas compararam o caso ao escândalo Horizon dos Correios — outro desastre tecnológico cheio de encobrimentos. Um funcionário do HMCTS chegou a oficialmente fazer uma denúncia (whistleblower), que levou a uma nova investigação. Mas mesmo assim, a revisão foi limitada a um mero grupo de três meses de casos.
A propósito, tinha gente gritando sobre os problemas desde 2019, mas o HMCTS preferiu fazer aquele clássico “deixa pra lá”. Alguém aí se sentindo mais seguro com sistemas digitais?
Reações (e faíscas!)
Não demorou para o barraco explodir no meio político! O líder do partido Liberal Democrata, Ben Maguire, pediu uma investigação independente imediata, enquanto o ex-secretário de Justiça, Alex Chalk, desceu a lenha, dizendo que tudo isso nunca chegou aos ouvidos dele.
Um especialista em segurança de dados digitais, Alan Woodward, também criticou a revisão limitada do problema. “Olhar um pedaço do iceberg não significa que você viu o iceberg inteiro”, afirmou.
É oficial, o sistema judicial inglês tem mais bugs do que um álbum de figurinhas de 2007. Pior, esse cenário colocou em xeque a confiança na modernização do sistema judiciário.
E você, o que acha? Será que falta mesmo responsabilidade no uso da tecnologia? Compartilhe sua opinião nos comentários! Aproveite para navegar pelo nosso blog e ficar por dentro de outros casos polêmicos. Afinal, justiça pode não ter preço, mas informação vale ouro!