LONDRES – O primeiro ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, recentemente tomou a decisão controversa de adiar a proibição de novos carros a gasolina e diesel para 2035, uma medida que foi fortemente criticada por líderes empresariais e ambientalistas. A decisão foi vista por muitos como um retrocesso nas políticas verdes do Reino Unido, especialmente em um momento em que a crise climática está no centro das atenções globais.
O Primeiro Ministro enfrentou críticas severas de parlamentares, ambientalistas e líderes da indústria ao anunciar a diluição de várias políticas ambientais. Em um discurso proferido em Downing Street, Sunak delineou sua “nova abordagem” para alcançar a meta de emissão líquida zero até 2050. Ele justificou a mudança alegando que estava agindo para evitar uma reação pública contra os esforços para combater a crise climática, considerando os custos que seriam enfrentados por milhões de famílias em todo o país.
Entre as mudanças anunciadas estão:
- Adiamento da proibição de novos carros e vans movidos exclusivamente a gasolina e diesel de 2030 para 2035.
- Flexibilização do plano de eliminação gradual de caldeiras a gás até 2035.
- Adiamento da proibição de caldeiras que dependem de óleo de aquecimento em casas fora da rede de 2026 para 2035.
- Abandono de políticas que obrigariam os proprietários a melhorar a eficiência energética de suas propriedades.
Richard Burge, CEO da Câmara de Comércio e Indústria de Londres, expressou sua preocupação com a decisão, afirmando que faz o Reino Unido parecer “inconstante e pouco confiável”. Ele destacou que tal decisão poderia minar a confiança das empresas e desencorajar investimentos essenciais para a transição verde.
O líder da oposição, Steve Reed, previu que a decisão de Sunak de enfraquecer os compromissos ambientais “explodiria em seu rosto”. Ele enfatizou a importância da transição para uma economia de emissão líquida zero, destacando os benefícios econômicos e ambientais que ela traria.
Em meio a essas controvérsias, Sunak defendeu suas decisões, afirmando que elas eram necessárias para garantir o apoio público às políticas climáticas e para proteger a economia britânica.
Fonte: Evening Standard