Eleitores Britânicos consideram novo referendo do Brexit
A decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, conhecida como Brexit, tem sido um tópico de debate contínuo e divisivo desde o referendo de 2016. Uma pesquisa recente da YouGov trouxe novas perspectivas sobre o sentimento público em relação a essa decisão e a possibilidade de um novo referendo.
De acordo com a pesquisa realizada entre 8 e 9 de agosto, quase metade da população britânica acredita que o processo do Brexit “ainda não está concluído”. Surpreendentemente, 50% dos entrevistados expressaram que votariam para que a Grã-Bretanha retornasse à UE se um segundo referendo fosse realizado.
Aprofundando-se nos números, 46% das pessoas acreditam que deveria haver uma reedição do voto de 2016 sobre a adesão do Reino Unido à União Europeia nos próximos 10 anos. Em contraste, pouco mais de um terço (36%) dos entrevistados acredita que não deveria haver um referendo nesse período. Essa divisão reflete a contínua polarização da opinião pública sobre o Brexit.
A pesquisa também revelou que 49% dos entrevistados sentem que o Brexit ainda não está finalizado, enquanto 30% acreditam que o assunto já está resolvido. No cenário político, tanto os Tories quanto o Labour consideram que o Brexit já foi resolvido. No entanto, o Labour expressou o desejo de renegociar partes do acordo para estabelecer uma relação comercial mais próxima com a UE.
Beth Mann, pesquisadora política da YouGov, comentou sobre os resultados, destacando que, embora haja um sentimento significativo de “Bregret” entre o público britânico, não há necessariamente um grande apetite por outro referendo em breve. No entanto, as divisões partidárias poderiam influenciar campanhas futuras. A pesquisa sugere que, se um referendo fosse realizado agora sobre o reingresso na UE, a opção de retornar ao bloco provavelmente prevaleceria.
Em conclusão, enquanto o Brexit permanece como um dos tópicos mais debatidos no Reino Unido, a possibilidade de um novo referendo e a reavaliação da decisão de 2016 podem se tornar cada vez mais proeminentes nas discussões políticas e públicas nos próximos anos.
Fonte: The Telegraph